Teanes Silva |
Gestão de Segurança Residencial
Segurança nas Férias dos Condomínios
Sempre que chegam as férias, chega também um desafio
para a gestão de segurança patrimonial dos condomínios residenciais, sejam eles
horizontais ou verticais, de veraneio ou dormitório.
Por isso é necessário redobrar os cuidados com a
segurança. Claro que todo esse planejamento deve ocorrer com antecedência e com
base na análise de riscos.
É de se esperar que na maioria dos condomínios já exista
o manual de segurança, validado com os planos de contingência para as situações
de emergência, crise e restauração da normalidade, com respectivos
procedimentos; principalmente os que tratam do controle de acesso das pessoas
(moradores, visitantes e prestadores de serviços), veículos e mudanças. Os
veranistas e locatários temporários exigirão especial atenção e orientação para
as regras de segurança.
O responsável pela segurança, que em geral é o
síndico, deve planejar e adotar alguns procedimentos para o período de férias,
dentre outros
·
Contratar uma empresa para realizar a manutenção
preventiva e inspeção do sistema de segurança, verificando o funcionamento do
CFTV - circuito de TV interna das câmeras de segurança eletrônica e os alarmes.
·
Em edifícios com grandes áreas externas, os
funcionários devem ser orientados a fazer vistorias periódicas, especialmente
no período noturno.
·
Caso os condomínios tenham contratos com empresas
de Vigilância Patrimonial, é fundamental solicitar a intensificação das rondas
na portaria e entorno do condomínio.
·
Uma prática tão comum quanto inadequada é o morador
deixar a chave do apartamento na portaria para que alguém regue as plantas ou
tratar de animais de estimação; nesse caso os moradores devem entregar as
chaves a um vizinho, parente ou amigo, deixando uma autorização por escrito, para
que a pessoa possa entrar no prédio.
·
Os funcionários e moradores devem estar sempre
atentos ao que acontece nas imediações do condomínio.
·
Carros
parados por um longo período, pessoas estranhas observando o movimento ou
qualquer outro fato estranho devem ser comunicados imediatamente pelo vigilante,
porteiro, ou zelador, à empresa responsável pela segurança ou a polícia quando
for o caso.
·
Antes de
abrir o portão da garagem, o porteiro deve procurar identificar quem está
dentro do veículo.
Em relação às crianças e idosos que não viajarem,
também se faz necessário especial atenção dos condomínios durante esse período.
A preocupação maior deve ser em relação ao
elevador, garagem, escadaria, piscina, playground e áreas de acesso restrito
como caixas d’água e casa das máquinas.
·
Nas áreas comuns não é recomendável que crianças
menores de 10 anos andem sozinhas, bem como no elevador.
·
O condomínio também deve proibir que as crianças
brinquem nas escadas e na garagem.
·
Manter as escadas, as garagens e os acessos com boa
iluminação e não deixar entulhos ou outros materiais nesses espaços.
·
No playground orienta-se para que os brinquedos
sejam regularmente vistoriados, além de validado o plano de manutenção.
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Nos brinquedos móveis como gangorra, gira-gira e
balanço entre outros, evite que as crianças com idade abaixo do recomendado pelo
fabricante os utilizem.
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As crianças menores de cinco anos devem estar
sempre acompanhadas por um responsável, que poderá socorrê-las imediatamente no
caso de um acidente.
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Na piscina, todo cuidado é pouco. As crianças nunca
devem permanecer sozinhas nesses locais. Recomenda-se o uso de cobertura por
lona nos períodos fora de uso.
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Os idosos devem evitar as escadas quando
desacompanhados.
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No espaço dedicado para academia, deve-se evitar a
presença de crianças desacompanhadas.
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Enfim, os cuidados devem ser adotados onde existirem
áreas comuns habitadas e áreas comuns não habitadas, e que nem sempre tem o
acesso controlado.
Todos os cuidados aqui mencionados, além de outros
segundo as características de cada empreendimento, servem de base para o
planejamento estratégico adotado pelo condomínio. Algumas das dicas se aplicam
em um condomínio e não se aplicam em outros, portanto, insisto que fazer a
análise de riscos e contar com a consultoria de profissionais especializados, são
fundamentais para o sucesso da solução a ser desenvolvida.
Investir em tecnologia de proteção perimetral é o
primeiro passo que muitos se atentam. Ocorre que soluções são adquiridas sem
matriz de riscos, o que pode levar a gastos desnecessários, isto é, o custo
deve estar relacionado e proporcional ao benefício.
Em outros casos compra-se de tudo para proteger o
prédio e negligencia-se no treinamento das pessoas, sendo este último um dos
maiores motivos das falhas e causas de ocorrências em condomínios, razão pela
qual se tem a sensação de dinheiro jogado fora.
Também é recomendado que os procedimentos sejam
revisados, auditados e testados regularmente visando o preparo de todos e a
melhoria dos processos.
Reduzir os riscos deve ser compromisso de todos, e
dever do condomínio. Dessa forma quando possível e viável financeiramente, o
condomínio deve contratar uma consultoria para ajudar no desenvolvimento do
plano de segurança, contemplando o projeto de segurança.
Somente com todos engajados nesse propósito que será
possível a prevenção, desestimulando as ações do mal intencionado e oportunista.
Vale lembrar que segurança e conforto andam juntos,
embora o melhor dos mundos fosse termos os dois sem nos sentirmos estressados; contudo,
em algum momento, devemos decidir qual deixaremos de lado ou priorizaremos.
Publicação: 15/05/2013
Sobre o autor:
Teanes Carlos Santos Silva
Administrador de Segurança Privada pelo CRA, articulista no Jornal SegNews e do site TransportaBrasil, publicando mensalmente artigos pertinentes e relevantes para a gestão de riscos de segurança, bem como, voluntariamente, atua como Diretor no Conselho Fiscal na ABSEG – Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança.
Atualmente é Gerente de Segurança e Riscos na DELTA TS Gestão de Riscos, responsável pela Prevenção dos Riscos nos Processos e Projetos de Segurança em Indústrias, Gerenciamento dos Riscos em Eventos e Operações Logísticas, Treinamentos, Auditorias baseadas em processos e Investigações de Fraudes.
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